Skip links

Muitas vezes não sabemos – mas o que procuramos é, apenas, mais alegria para a nossa vida. Trazemos pesos a mais – pesos que não são nossos – temos “gavetas mal fechadas”, culpas – E esses pesos que trazemos na alma e no coração refletem-se, muitas vezes, no corpo. Esta é a partilha da Sofia Castro Fernandes, numa entrevista em que ela nos fala sobre como perder alguns pesos desnecessários na nossa vida.

Os sinais estavam lá – como estão sempre quando estamos a viver num padrão que nos desequilibra: cansaço, enxaquecas, dor nas costas.

 

Engrenagens enferrujadas que funcionavam mais devagar. E nós, muitas vezes, temos de nos preparar para os conseguir (primeiro) ver, para – depois – os conseguirmos aceitar e, por fim, para iniciarmos a nossa mudança. É um processo que pode ser lento e que requer – acima da determinação – coragem. É que 40kg nunca são só 40Kg de peso físico – são quilos de pesos e pesos de vários tipos.

 

Mesmo que sejas uma pessoa que sabe que o teu valor está acima da tua imagem – quando há trabalho a fazer (seja interno, externo ou ambos) – percebes que há mudanças a implementar e aprendizagens a percorrer em prol de te fazer sentir melhor. De te fazer sentir bem.

 

Ainda assim – mesmo com a consciencia do meu valor e de querer provar aos outros isso – sabia que havia coisas que precisava trabalhar para me sentir melhor.

O INÍCIO DE UM PLANO DE SAÚDE PARA A VIDA

Os alimentos trazem emoções – e há um espelho sobre como gerimos as nossas emoções relativamente ao que comemos. No caso da Sofia, eram os açúcares. Ela achava que nunca ia conseguir deixar esta sua compulsão alimentar.

A partir da hora do lanche, o seu corpo dizia: “tu mereces uma coisa boa”.
Ela começava em bom – com uma frutinha, uns frutos secos. E, em cima, dois ou três quadradinhos de chocolate. Nos dias piores, uma tablete.
E depois do jantar, mais doces.

 

E assim vai acontecendo a vida apoiada nestes padrões – temos uma desculpa que nos muda as prioridades, tais como, termos sempre pessoas a precisarem de nós – mesmo que isto nos tire do nosso centro.

Até que a vida nos puxa o tapete de debaixo dos pés e nos diz “ou mudas, ou mudas”! E tu aí, tens de mudar.

Com a Sofia, foi o filho que, com uma ternura firme lhe chamou à atenção para o fato de “terem de fazer algo para mudar”.

E é neste momento que reunimos resiliência e coragem e que vamos procurar ajuda para criar um plano de saúde para a vida.

“Eu sei que toda a minha vida andei à procura deste “eu” ideal. Este “eu” externo é o resultado de como eu me sinto por dentro.”

SOFIA CASTRO FERNANDES

QUEM SÃO AS PESSOAS QUE NOS VÃO AJUDAR?

Quando decides iniciar uma mudança profunda na tua vida, tens de pensar na “rede” de pessoas que vais “convocar” para te ajudar. Ou seja, tens de criar uma equipa!

És tu que tens de querer – és tu que vais trabalhar, mas é legítimo (e necessário) construíres uma equipa para te ajudar neste teu propósito. Profissionais, amigos ou família – pensa, sente, escolhe, pede ajuda e segue em conjunto.

Depois desse primeiro passo – e do momento de resistência inicial, pensas “Estás a cuidar de ti: bravo”. E podes prosseguir.

Só a partir do 3º mês de resiliência e consistência é que consegues ter a força e o comprometimento para manter o foco. E – nesse momento, se não o percebeste antes – compreendes que ninguém o consegue fazer por ti. Que tu és o teu motor.

Este foi o percurso da Sofia nesta sua aventura recente. E ela conseguiu.

“Abraçar-me, aprender, estar vulnerável, honrar as mulheres todas que fui neste caminho, nunca ter vergonha de mim e agradecer-me. Eu fiz este processo e despedi-me da outra Sofia.”

No fim, quando te aceitas finalmente, é como se chegasses a casa.